quarta-feira, 17 de junho de 2015

DESENVOLVENDO A 2ª EDIÇÃO


Reeditar um trabalho que teve início, meio e fim, com esforço próprio, parceiros e que rendeu frutos para outros é mais que uma obrigação e sim, um agradecimento pela boa receptividade que a população de modo em geral acolheu o mesmo.
Passaram-se duas décadas do lançamento da primeira edição e muitas coisas se modificaram, como o acesso facilitado a internet com computadores móveis, celulares, tablets, redes sociais e WI FI espalhados para todos os cantos, etc.
São quase 115 anos da Fundação do Patrimônio de São Sebastião do Pouco Alegre em 25 de novembro de 1904 e outros 105 anos de emancipação política administrativa comemorado em 29 de março de 2019. João Justino da Silva e Domingos Santos Abreu onde quer que estão, dois benfeitoras de Pirajuí e boas almas, devem estar orgulhosas no que ajudaram construir.
As lavouras de café não são mais as mesmas, quase nem existem mais, as ferrovias foram quase que abandonadas, pois estão sucateadas, com as Estações da Noroeste no geral abandonadas e outras praticamente demolidas pela ação do tempo e no nosso caso, devido a um acidente, hoje são utilizadas como abrigo para os usuários de drogas e prostituição, triste retrato daquilo que já foi símbolo do progresso da nossa região e herança de políticos sem visão de logística e desenvolvimento econômico. 
Escrever sobre fatos e histórias é tentar resgatar os princípios das coisas que foram boas e mostrar o verdadeiro motivo da existência de outras, pois o maior exemplo das distorções e das invenções de valores talvez venha do fato que Santos Dumont não inventou avião pra guerra.


Pirajuí, SP, Brasil, 30 de abril de 2019.


                

terça-feira, 16 de junho de 2015

FUNDAÇÃO

ATA DE FUNDAÇÃO E DOAÇÃO QUE ANTÔNIO RODRIGUES DA SILVA E SUA MULHER FAZEM AO GLORIOSO MÁRTIR SÃO SEBASTIÃO




“Ad perpetuam in memoriam”. Ata da Fundação do Patrimônio de São Sebastião de Pouso Alegre, sito na Serra dos Dourados, município de Bauru, comarca de São Paulo dos Agudos, Estado de São Paulo. Aos vinte e cinco dias do mês de novembro do ano do Nosso Senhor Jesus Cristo, de mil novecentos e quatro, no lugar denominado Pouso Alegre, em virtude da doação de vinte e cinco alqueires de terra feita ao glorioso Mártir São Sebastião, pelo Sr. Antonio Rodrigues da Silva e sua mulher Maria Reducina de Carvalho, conforme a escritura pública lavrada na vila de Bauru, no livro de notas de paz e tabelião pela Lei João Alfredo Ferraz. A seis do mês de outubro de mil novecentos e dois, registrada no cartório de registro civil da comarca de São Paulo dos Agudos no dia dezessete do mês de agosto de mil novecentos e quatro, ficou definitivamente fundado o Patrimônio sob denominação de São Sebastião de Pouso Alegre. E tendo-se no dito Patrimônio edificado uma capela sob a proteção do referido mártir São Sebastião, em vista da procissão qüinqüenal, para celebração dos ofícios Divinos em dita capela, dada e passada na Câmara Episcopal da cidade de São Paulo, sob sinal e selo das armas do Exmo. Sr. Bispo Diocesano Dom José de Camargo Barros por Mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo de São Paulo assinada pelo Ver.mo. Vigário Geral Cônego Antônio Pereira Reimão e subscrita pelo secretario do Bispado Cônego Júlio Marcondes, o vigário da Paróquia da Vila Bauru, da qual citada capela é filial, procedeu a Bênção solene, rezando em seguida a primeira missa conventual. A capela foi construída as expensas dos fiéis e foi ordenada a expensas dos Srs. Tenente-Coronel Gustavo Maciel, Tenente-Coronel José Meireles, Capitão João Antônio Loureiro, João Maciel de Almeida e João Justino da Silva, fabriqueiro do Patrimônio e zelador da capela. A para constar lavrou-se esta ata que vai assinada pelo Rev.mo.  Padre Francisco Elias Vartolo, Dom Vigário pelos doadores do Patrimônio, fabriqueiro e mais pessoas presentes a esta solenidade. Eu, Gustavo Maciel, Escrivão “ad-hoc” a escrevi. (assinados) Padre Francisco Elias Vartolo, por si e pelos doadores Antônio Rodrigues da Silva e Maria Reducina de Carvalho, Gustavo Maciel, João Antonio Loureiro, João Justino da Silva, João Maciel de Almeida, José Meireles, Victalino Teixeira de Moraes, Joaquim José dos Santos, Júlio Caetano dos Santos Abreu, Lindolpho Cunha Caldeira, João Moreira da Silva, Benedito Antônio de Camargo, José Vicente dos Santos Abreu, Eleutério Francisco dos Santos, Nilo Alves de Noronha, Francisco Pedro de Freitas, Hypólito Alves Noronha, Joaquim da Costa Sarico, José Vicente da Costa, Francisco Inácio dos Santos Abreu, José Gregório dos Santos, Joaquim Daniel da Silveira Franco, Salvador da Costa Sarico, Jerônymo Sabino Gonçalves, Firmino José Moraes, Joaquim Rodrigues da Silva e Antônio Corrêa”.

A COMARCA


O desbravamento do espigão entre os rios Dourado e Feio iniciou-se em 1888 e já no ano seguinte, vários colonizadores, como João Justino da Silva, Cel. Joaquim de Toledo Piza e Almeida, Adão Bonifácio Dias, Leão Cerqueira, Inácio Vidal dos Santos Abreu, Luiz Wolf, Clementino Rodrigues da Silva, Salvador da Costa Sarico e outros, conquistaram então habitada por Índios Covardes. As terras para o cultivo do café. Em poucos anos esse tipo de economia agrícola tomava toda a região.
Em 1902, João Justino da Silva e outros resolveram fundar um patrimônio, ao qual deram o nome de São Sebastião do Pouso Alegre, e em 1904 já foi rezada a 1a missa na capela erigida em louvor a São Sebastião.
Com a extensão dos trilhos da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, o povoado ganhou impulso e foi elevada a categoria de distrito de paz em dezembro de 1907, alterando-se- o nome para Pirajuhy (do tupi, segundo Theodoro Sampaio, "pirá-yuba­y", rio do peixe amarelo ou dourado), mais tarde, Pirajuí.
A lavoura cafeeira teve tal progresso, que chegou a contar 35 milhões de pés, recebendo o cognome de "o maior município cafeeiro do mundo”.
GENTÍLICOS: PIRAJUIENSE
FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA
Distrito criado com a denominação de Pirajuí (ex-Pirajuhy), por Lei Estadual nº 1.105, de 02 de dezembro de 1907, no Município de Bauru.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, figura no Município de Bauru.
Elevado à categoria de município com a denominação de Pirajuí, por Lei Estadual nº 1.428, de 03 de dezembro de 1914, desmembra de Bauru. Constituído de Distrito Sede. Sua instalação verificou-se em 29 de março de 1915.
Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de I-IX-1920, o Município de Pirajuí se compõe de 2 Distritos: Pirajuí e Cafelândia.
Lei nº 2.113, de 30 de dezembro de 1925, desmembra do Município de Pirajuí o Distrito de Cafelândia.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município se compõe de 4 Distritos: Pirajuí, Corredeira, Guarantã e Pongaí.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1936, o Município de Pirajuí compreende o único termo judiciário da comarca de Pirajuí e se divide em 7 Distritos: Pirajuí, Batalha, Corredeira, Guarantã, Pongaí, Santo Antônio do Uru e Balbinos.
Em divisão territorial de 31-XII-1937, o Município de Pirajuí permanece como único termo judiciário da comarca de Pirajuí e figura com 7 Distritos: os mesmos citados em 1936 e mais o de Reginópolis (Ex-Batalha).
No quadro ao Decreto lei Estadual nº 9.073, de 31 de março de 1938, o Município de Pirajuí é o único termo judiciário da comarca de Pirajuí e se compõe dos seguintes Distritos: Pirajuí, Balbinos, Corredeira, Guarantã, Pongaí, Reginópolis e Santo Antônio do Uru.
No quadro fixado pelo Decreto lei Estadual nº 9.775, de 30 de novembro de 1938, para 1939-1943, o Município de Pirajuí é composto de 7 Distritos: Pirajuí, Balbinos, Reginópolis, Corredeira, Guarantã, Pongaí e Uru - e é termo único da comarca de Pirajuí, termo este formado por 2 Municípios: Pirajuí e Presidente Alves.
Decreto-Lei Estadual nº 14.334, de 30 de novembro de 1944, cria o Distrito de Pradínia e incorpora ao Município de Pirajuí. O referido Decreto Estadual desmembra do Município de Pirajuí o Distrito de Guarantã. Em virtude do Decreto lei Estadual nº 14,334, de 30 de novembro de 1944, que fixou
o quadro territorial para vigorar em 1945-1948, o Município de Pirajuí ficou composto de 7 Distritos: Pirajuí, Balbinos, Corredeira, Pongaí, Pradínia, Reginópolis e Uru. Constitui o único termo judiciário da comarca de Pirajuí, a qual é formada pelos Municípios de Pirajuí, Guarantã e Presidente Alves.
Aparece no quadro fixado pela Lei nº 233, de 24-XII-1948 para vigorar em 1949­1953, composto de 6 Distritos: Pirajuí, Balbinos, Corredeira, Pradínia, Santo Antônio da Estiva e Uru e no fixado pela Lei no 2456, de 30-XII-1953, para 1954-1958, de 4 Distritos: Pirajuí, Corredeira, Pradínia e Santo Antônio da Estiva, comarca de .Pirajuí menos os Distritos de Balbinos e Uru. Elevados à categoria de município pela mesma Lei.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 01-VII-1960, o município é constituído de 4 Distritos: Pirajuí, Corredeira, Pradínia e Santo Antonio da Estiva. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1999.